Salve a santa bagunça, a desorganização!
Você queria que nós fossemos programáveis, cães amestrados, mas nós somos gente de carne e osso, com sangue nas veias. Gente com tudo o que gente é. Gente com garra, com vontade própria, que escolhe, que compra, que vende, que tem seu próprio jeito de fazer as coisas. Gente que tem gostos, preferências, paladares, que funciona em dias, horas, estações diferentes, cada qual a seu tempo. Gente que não tem chip, que não obedece regras estúpidas, que não é certinha, que fala o que pensa, que pensa o que fala. Gente que quer ser livre, gente que ama viver. E amar a vida é saber conviver com as diferenças. Na morte tudo é igual. O mesmo vácuo, a mesma ausência, a impossibilidade de sentir, de querer, de expressar. Que me desculpe o poeta, mas "se todos fossem iguais a você, que porcaria viver."
Por isso, salve a santa bagunça, a desorganização! Assim vamos aprendendo a conviver, a ser gente, a amar, esperar e perdoar na mesa da comunhão.
Roselena Landenberger
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