Parque Nacional de Ujung Kulon, Java |
É comum pegar-me dizendo algo que não combina. Quando caio em mim, percebo o quanto ainda tenho do verniz religioso. Ruínas que precisam desaparecer para dar lugar ao jardim. Velhos templos pagãos, ídolos em decomposição.
Nossos filhos podem ter acesso a esta ampla libertação. Um privilégio, um presente. Já não compartimentam suas vidas porque conseguem perceber Deus de forma bem mais abrangente.
Gestos sutis, olhares furtivos, comentários infelizes, deslizes da "não graça", conforme tão bem definiu Philip Yancey. Coisas assim podem passar completamente despercebidas para nós, mas não para nossos filhos. Seus radares vorazes captam qualquer movimento em falso e, pronto! Somos pegos em nossas próprias contradições...
Resta-nos ter a humildade necessária para reconhecer nossos vergonhosos erros e tentar raspar mais uma dolorosa parte daquilo que ainda resta da tão infame religiosidade. Como assegurou C. S. Lewis, quando tomamos o rumo errado, o caminho de volta é o caminho mais curto.
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