segunda-feira, 30 de agosto de 2010

CONFISSÃO



 

Mestre, faz tanto tempo
Que eu não venho aqui e me sento
Mestre, faz tanto tempo
Que eu não venho aqui e descanso
Minha cabeça no teu colo amigo
Faz tanto tempo que não ficamos os dois em silêncio
Até que a tua mão me toque
E me cure e me salve de mim.
Faz tanto tempo que eu não fico assim
Suspensa no tempo e no espaço
Entregue, largada no teu regaço.
Faz tanto tempo que não procuro o teu olhar
Que me derrete por dentro e que me faz chorar
Faz tanto tempo que não busco escutar
A tua voz que me faz diferente
Faz tanto tempo que não sinto
O teu respirar junto ao meu peito
Que compassada e ternamente
Sopra em mim e muda a minha mente
E me conforma a ti tão somente

 
Quando foi que o meu amor por ti
Tornou-se assim tão pequeno
Esfriou-se, e por fim encolheu?

 
Enquanto derramo estas palavras
Na tela do meu notebook
Vejo tuas mãos estendidas
Sinto teu olhar acolhedor
Ouço o silêncio do teu amor
Que sem palavras me diz:
"Sempre é tempo, sempre é tempo..."

 
Roselena Landenberger

 

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